“Espelho meu, espelho meu, diz-me o que tenho de ver, que penso que não é meu! “

by | Dez 15, 2015 | Coaching Espiritual

Normalmente a tendência quando nos acontece alguma coisa “má” é culpar alguém ou as circunstâncias.
Uma das leis mais célebres do Universo físico, é a lei da causa e efeito, mais conhecida como a Lei do Karma. Esta é provavelmente a lei mais mal compreendida de todas. Mesmo que não tenhamos consciência das leis universais, elas existem e funcionam. A estrutura universal é o resultado destas leis. Por isso, quer queiramos quer não, somos afetados por elas.

Quando acontece alguma coisa exterior que não gosta e que não compreende, pare, feche os olhos e pergunte:
– O que tenho de aprender aqui? Se houvesse uma razão para a minha alma criar esta situação, qual seria?
Buda dizia: ”Você é aquilo que pensa, tendo-se tornado naquilo que pensava”; e Newton descobriu a lei da causa e efeito: “ para toda a ação existe uma reação igual e oposta”.
Ou seja, tudo o que pensamos gera uma emoção e esta gera uma atitude ou ação que por sua vez dará origem a uma reação igual e oposta.

O que quer isto REALMENTE dizer na PRÁTICA?
As pessoas que são “opostas” a nós são as que nos atraem mais. No entanto esta oposição é só superficial. A interação com o exterior é diferente mas ao nível interior, onde se chocamos, a interação é igual. E é exatamente aí que reside desequilíbrio denominado de “trauma”.
Passemos a alguns exemplos:
1º Exemplo: Uma pessoa aparentemente pacífica sentir-se atraída por outra que seja agressiva. O que a lei da causa e efeito nos diz, é que ela é atraída pelo seu oposto porque na realidade ela é também agressiva, mas ao nível interno. Ou seja, ela é agressiva consigo mesma, a nível mental, emocional e físico. É como se ela se sentisse atraída pela pessoa agressiva porque ela espelha o seu interior.
Conclusão: Apesar de aparentarem formas diferentes, as duas são agressivas. Normalmente são pessoas tristes e revoltadas com a vida.
A solução está algures no meio destas duas personalidades. Tornar-se assertivo e responder num modo claro e direto mas calmo, neutralizando com o tempo a agressividade.

2ºexemplo: Uma pessoa muito realista é atraída por outra que é idealista. Quando começam a chocar pelas suas “diferenças“ estão longe de saber que no fundo chocam porque veem na outra o seu espelho, o “trauma”.
Conclusão: O realista reflecte-se pela falta de fé, sendo-lhe difícil viver num mundo de incertezas e de pouca concretização. O idealista reflete-se na dificuldade em lidar constantemente com a realidade fria, com demasiada disciplina e hábitos onde sente que perde a magia e inspiração para sonhar.
A solução está no equilíbrio entre estas duas visões: viver com os pés na terra em direção a um sonho ou ideal de vida tangível e realista.

3ºexemplo: Uma pessoa controladora sente-se atraída por outra que é fugitivas e pouco fiável.
Conclusão: Mais uma vez são dois exemplos extremos do mesmo trauma: medo do compromisso e abandono, que dá origem à falta de confiança no outro.
A solução neste caso será fluir com a vida, mas com clareza daquilo que se quer numa relação ou situação, aceitando todos os imprevistos e imperfeições.

Este exercício permite tomar consciência dos espelhos. Na prática, ao analisar esta lei, torna-se mais consciente daquilo que faz, daquilo que pensa e daquilo que sente. Isso permite-lhe conquistar o equilíbrio interno que começará a ver-se no exterior.
Quando vivenciamos esta lei, começamos a assumir uma nova atitude perante a vida que permite um maior grau de responsabilidade na criação da nossa realidade.
A lei do Karma é a lei mais justa que existe. Pode-se mesmo dizer que é a maneira pela qual Deus e o Universo exercem a sua justiça e o equilíbrio.

Tal como Buda e Newton acima referidos, vários foram os que o citaram ao longo da História da humanidade:
Martin Schulman: ”assim tendo acreditado nos seus pensamentos a respeito de si mesmo, um individuo então se identifica com as suas crenças e se torna, na realidade, tudo o que pensa.”
Edgar Cayce: “a melhor maneira de conhecer o homem é olhar a maneira como ele olha para si mesmo.”
E você pode dizer: “Mas eu já fiz tantas coisas boas e certas, e mesmo assim continuo a receber coisas más” ou “há tanta gente que toma atitudes negativas e recebe em troca coisas positivas”. Pois é, mas o factor tempo e a intenção por detrás desta lei são fundamentais!

Factor Tempo: a lei do karma não pode funcionar sem haver um espaço de tempo e oportunidade para ser exercida. Pode-se resumir isso numa palavra – reencarnação. Neste artigo não me prolongo mais sobre este tema, pois daria para muitas folhas e desviava-me do foco principal. Como poderíamos nós explicar as pessoas que nascem com certas tendências, talentos e facilidades ou dificuldades, “azares” ou poucos ”talentos”? Como explica certas coincidências? Tudo isto é explicado através desta lei, tudo o que você pensou, sentiu ou fez vai retornar a si num certo momento desta vida ou noutra.
Factor Intenção: é a verdadeira ação no sentido em que a intenção que está por detrás da sua ação é que define o resultado “leve ou pesado” ou “melhor ou pior” da sua reação ou efeito.

Agora pergunto-lhe:
– Quer ser o efeito ou a causa da realidade da sua vida?
– O que tenciona criar agora na sua vida?
– Que efeito, reação ou feedback quer ter na sua vida?
– Qual é a verdadeira intenção do seu trabalho, das suas relações e dos seus sonhos?

Lembre-se: o passado é uma consequência do que você era e pensava que era, e o futuro é a reação do que você pensa, sente e escolhe AGORA!

Veja mais aqui: filipaandersen.com |ou envie email para : geral@filipaandersen.com
Bem haja e grata por estar aí,
Filipa Andersen

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