Os benefícios da crise
É a crise na política, educação, segurança, emprego, relacionamentos, famílias, saúde, etc.
Parece que já não se fala de outra coisa e que é a única coisa que existe.
No entanto, se perguntamos á maioria das pessoas como vêm a crise, a maioria dá a entender que é sempre algo criado por outros, algo do qual somos impotentes e algo mau.
Será que é mesmo assim?
Há já uns anos que cada vez mais se encontram estudos e projetos que apresentam soluções para a maior parte dos problemas, no entanto continuamos em crise …
Há cada vez mais grupos, associações e iniciativas que ajudam países, empresas e famílias, dando o exemplo de novas formas de acreditar, pensar, relacionar e viver, mas continuamos em crise…
Há cada vez mais pessoas que estão a assumir o controlo e poder da sua vida, vivendo de uma maneira mais alternativa mas feliz, no entanto continuamos em crise…
Huummmm …mas afinal o que é a crise?
No meu pré-conceito a crise é uma dádiva do Universo e da mãe terra, é algo que nos ajuda a transformar e a matar valores, conceitos e atitudes caducas e velhas para podermos construir e fazer renascer algo novo com valores conceitos e atitudes mais éticos, universais e humanos perante todos nós.
Pois tudo o que acreditamos fortemente manifesta-se na nossa realidade e tudo em que nos concentramos cresce, seja bom ou mau. Isto são princípios universais de que não podemos fugir, logo convido – o\a a tomar consciência da sua responsabilidade na chamada crise, a assumir o poder de transformá-la num bem essencial para todos nós ,como muitos já o estão a fazer.
Na minha perspetiva e pelo que vou vendo e experienciando, os benefícios da crise são os seguintes; haverá seguramente mais, no entanto espero ajudá – lo/a a mudar a sua perspetiva de vida, para conseguir ver que cada vez há mais pessoas que:
– Partilham as suas casas, meios de transporte, comidas, roupas, etc.
-Têm ideias inovadoras e criações fantásticas de sistemas novos para melhorar o ambiente, a educação, saúde, alimentação, etc.
– Simplificam as suas vidas tomando consciência do que realmente é essencial na sua vida.
– São obrigadas a ser mais autónomas do sistema “obrigando-as” a cultivar a sua própria horta, a construir o seu próprio poço, a ter o seu painel solar, etc.
– Têm necessidade em confiar em alguém que realmente conhecem para comprar seja o que for, principalmente bens essenciais, comprando assim , por exemplo, comida a vendedores locais saindo do sistema dos supermercados.
– Procuram comunidades auto – sustentáveis onde se vive um maior conceito de família, cooperação e responsabilidade.
mesmo gratuitas.
– Fazem reciclagem de livros, roupa, brinquedos, etc.
– Estão a despertar para a espiritualidade, descobrindo que a verdadeira segurança está na fé assim como no auto-conhecimento.
– Vivem no momento presente sem projetar tanto no futuro, deixando de criar expectativas, mantendo o seu foco mas sendo cada vez mais flexíveis.
– Que se sentem obrigados a virarem-se para dentro e a assumir o controlo e a responsabilidade de quem são, do que criam para a sua vida, assim como para a sociedade.
Por isso pergunto-lhe:
– Mas afinal a crise tem um lado também construtivo e benéfico ou não?
– E você, quer ser mais um a contestar contra a crise e a sentir-se vítima ou quer ser um dínamo inspirador na construção do novo mundo?
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Bem haja e grata por estar aí,
Filipa Andersen